A Compreensão de que a racionalidade do indivíduo, no processo decisório, é limitada, ou seja, as crenças, valores e heurísticas afetam o comportamento do tomador de decisão. Endo assim, a literatura financeira comportamental aponta que diversos vieses cognitivos e emocionais afetam a tomada de decisão, desviando – se dá melhor escolha possível, conforme a teoria tradicional de finanças pressupõe. Assim, este estudo tem como objetivo validar uma escala sobre os efeitos dos vieses cognitivos presentes no comportamento de decisão de diversificação de investimentos em ativos reais. Realizou-se um levantamento para conduzir o presente estudo. Utilizou-se de um questionário estruturado para coletar dados primários junto a gestores de empresas brasileiras, correspondendo a 150 respondentes. O questionário passou pelo processo de confiabilidade e validação, por meio da Análise Fatorial Exploratória (AFE). Para testar a adequabilidade dos dados e a dimensionalidade dos construtos, utilizou-se a análise da matriz de correlações, estatística KMO, teste de esfericidade de Bartlett e análise da matriz anti-imagem (MSA). Como critério para a extração de fatores, utilizou-se a análise da variância total explicada, e o alfa de Cronbach foi utilizado para estimar a confiabilidade dos construtos. Testou-se a dimensionalidade do Otimismo e Excesso de Confiança, que a literatura costuma analisar conjuntamente. Os resultados da AFE indicaram um KMO (0,931) aceitável, com extração de 2 fatores que correspondem a 70% da variância explicada. Foi necessário retirar um item do constructo, pois este item apresentou baixa contribuição à formação dos fatores, detectado pela MSA. Ao realizar a AFE sem este indicador, o resultado do KMO permaneceu aceitável (0,928), com extração de 2 fatores que correspondem a 72% da variância explicada. O 1º fator foi chamado de Otimismo, com alfa de Cronbach estimado em 0,939, e o 2º fator foi denominado Excesso de Confiança, com alfa de Cronbach estimando em 0,941. Testou-se a dimensionalidade do efeito dotação, que apresentou KMO aceitável (0,600), sendo unidimensional, com alfa de Cronbach estimado em 0,621. Testou-se a dimensionalidade do Conservadorismo. Os dados foram adequados à AFE (KMO = 0,777), no entanto, foi necessário retirar um item, pois este item apresentou uma baixa contribuição à formação dos fatores (MSA < 0,5). Após a exclusão do indicador, o KMO permaneceu aceitável (0,739) com extração de três fatores que correspondem a 67% da variância explicada. O 1º fator foi chamado de conservadorismo nas decisões de investimento com alfa de Cronbach aceitável (0,695), o 2º fator, chamada de conservadorismo e segurança, com alfa de Cronbach aceitável (0,658). Por fim, o 3º fator, chamado de conservadorismo nas decisões de financiamento, com alfa de Cronbach aceitável (0,780). Os indicadores para ao sunk cost e para a aversão à perda não apresentaram adequabilidade à formação de fatores, pois o tanto KMO quanto o MSA não apresentaram resultados aceitáveis. Conclui-se que os modelos de medição dos vieses otimismo, excesso de confiança, conservadorismo e efeito dotação em decisões de investimento demonstraram um bom ajuste e confiabilidade adequada, revelando a adequação para pesquisa desses vieses na tomada de decisão de diversificação de investimento em ativos reais.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas